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O Equador está entrando na terceira semana da greve nacional convocada pela CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador) com base em 10 demandas para lidar com a crise do custo de vida. Está sendo alcançado um ponto crucial para o futuro do movimento. A questão de quem governa a sociedade foi levantada, mas não resolvida. O impasse pode causar cansaço e desmobilização. Inclusive com a utilização de armas letais, a polícia reprime violentamente as mobilizações, que são defendidas por jovens na linha de frente. Desde o início da greve nacional, já houve cinco mortes, oito desaparecimentos e pelo menos 127 detenções.

Com 50,48% dos votos, Gustavo Petro e Francia Marquez venceram a disputa eleitoral na eleição presidencial colombiana contra o demagogo de direita Rodolfo Hernandez. O significado histórico da vitória de Petro, Marquez e do Pacto Histórico não pode ser subestimado. Gustavo Petro se tornou o primeiro presidente de esquerda na história da Colômbia. Sua presidência representa um ponto de virada na luta de classes em um país no qual a oligarquia capitalista tem claramente desempenhado o papel de carrasco impunemente.

Neste 22 de junho completam-se 10 dias de greve geral no Equador. O primeiro ano do governo Lasso foi uma tragédia para os trabalhadores e camponeses. O Equador foi um dos países mais atingidos pela pandemia da Covid-19. O desemprego e a miséria afetam fortemente todos os estados do país. O governo Lasso cumpriu religiosamente todas as exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde que assumiu o poder em maio de 2021. O aumento dos combustíveis e dos alimentos foi a gota d’agua que transbordou o copo.

Oleksandra Koval, diretora do Instituto do Livro Ucraniano (que faz parte do Ministério da Cultura e Informação política Ucraniana), anunciou que começarão a trabalhar no abate de mais de 100 milhões de chamados “livros de propaganda” das bibliotecas públicas da Ucrânia. Os livros – incluindo as obras de escritores mundialmente reconhecidos como Dostoyevsky e Pushkin – estarão destinados à reciclagem de papel, de acordo com o Ministério.

A Corrente Marxista Internacional solidariza-se com os companheiros e companheiras do Mugimendu Sozialista (MS), que estão enfrentando há tempos uma campanha de assédio e intimidação por parte de setores social-democratas e da direção do EH Bildu, que conta com a atitude complacente da direita basca.

Já se passaram mais de 100 dias desde que a invasão russa da Ucrânia começou. Não há fim à vista para a guerra. As declarações entusiasmadas do Ocidente após a retirada da Rússia das áreas que ocupou em torno de Kiev, Sumy, Chernihiv e Kharkiv se transformaram em avaliações mais pessimistas. As forças russas, por meio de artilharia superior, avançam no Donbass, lenta, mas implacavelmente. As perdas ucranianas estão aumentando. A Rússia manteve suas receitas de petróleo e gás, apesar das sanções do Ocidente, cujos efeitos colaterais ameaçam empurrar a economia mundial para uma nova e prejudicial recessão.

Enquanto muita atenção está sendo dedicada à guerra na Ucrânia, um conflito igualmente importante está se desenvolvendo no Pacífico, e é sobre quem deve dominar esta região-chave: os Estados Unidos ou a China? De fato, o principal pivô da política externa dos EUA é contra a crescente influência da China.

A economia mundial está minada pela turbulência, golpeada por uma tempestade perfeita de guerra, pandemia e protecionismo. A tóxica combinação de inflação e recessão vai sendo urdida pelo capitalismo. Esta é uma acabada receita para explosões revolucionárias em todo o lado.

Assim como previam todas as pesquisas nos últimos três meses, Gustavo Petro liderou o primeiro turno das eleições presidenciais colombianas com surpreendentes 8,5 milhões de votos (40%). Infelizmente, apesar da previsão do próprio Petro, ele não conseguiu vencer a eleição no primeiro turno com uma maioria de 50% ou mais. E, apesar das previsões de muitos, Rodolfo Hernández, o demagogo de direita que usou as redes sociais como seu principal meio de campanha, conseguiu superar Federico “Fico” Gutierrez, o candidato do establishment capitalista apoiado pelos patrões e pela direita.

Depois de assassinar a popular jornalista palestina-americana da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, na semana passada, o Estado israelense não permitiu que seu corpo chegasse em paz ao seu local de descanso final. Em um ato chocante de sadismo, a polícia israelense atacou o cortejo fúnebre de Abu Akleh na sexta-feira, usando bastões e granadas de efeito moral contra os enlutados que escoltavam seu ataúde de um hospital em Jerusalém Oriental para um cemitério na cidade velha próxima.

A repórter palestina da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, de 51 anos de idade, foi morta a tiros pelos militares israelenses no início da manhã [do dia 11 de maio], enquanto cobria uma incursão no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada. Este assassinato a sangue frio de um jornalista – um crime de guerra segundo a Convenção de Genebra – expõe ainda mais a brutalidade do Estado israelense e revela a hipocrisia repulsiva de seus aliados imperialistas.

O Sinn Féin emergiu como o partido mais votado nas eleições para a Assembleia da Irlanda do Norte com 29% dos votos contra os 21% dos “unionistas” do DUP – Partido Democrático Unionista. Este é mais um golpe devastador no prestígio do imperialismo britânico, outra fratura no pseudo “Reino Unido”.