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A mídia burguesa nunca se cansa de repetir: a esquerda francesa está em crise. Longe vão os dias em que o Partido Socialista (PS) e o Partido Comunista (PCF), entre eles, detinham uma clara maioria do eleitorado. E quando se trata da França Insubmissa (FI), eles não consolidaram o sucesso das eleições presidenciais de 2017, quando Mélenchon conseguiu 20% no primeiro turno, como vimos nas eleições europeias no ano passado.

No dia 5 de fevereiro, dois dirigentes sindicais do Fundo de Proteção Social dos Depósitos Bancários (Fogade) receberam uma notificação de proibição de entrada no local de trabalho, uma solicitação de qualificação de demissão e uma citação ante a Inspetoria do Trabalho para a sexta-feira, 7 de fevereiro. Esse é um claro caso de repressão sindical em prejuízo do secretário-geral do Sindicato dos trabalhadores do Fundo de Proteção Social dos Depósitos Bancários (Sutrabfogade), William Prieto, e do delegado de prevenção, William Guzmán.

Somente mantendo-se firme no princípio da independência de classe hoje e mantendo nossa bandeira política limpa, os socialistas revolucionários poderão atrair centenas e, em seguida, dezenas de milhares de trabalhadores no futuro.

O surto de corona vírus na China é crítico. De acordo com as cifras oficiais, há 5.997 casos confirmados por todo o país até agora, com a vasta maioria deles em Wuhan: a capital provincial da Província de Hubei. No entanto, nove outras províncias informaram de mais 100 casos confirmados, a maioria deles nas províncias industriais de Zhejiang e Guangdong. A enfermidade se espalhou para além das fronteiras da China, desde a Tailândia até ao Sul, à Austrália e aos EUA.

A Revolução Libanesa ressurgiu após um período de relativa inatividade, com manifestantes declarando uma “semana de ira” em meio a uma contínua crise econômica e política. A libra libanesa e os controles de capital sobre o dinheiro estrangeiro provocaram uma nova onda de indignação que aguçou a posição tanto dos manifestantes quanto do Estado. Os últimos dois dias viram centenas de feridos e presos.

A batalha na França contra a reacionária reforma da previdência de Macron ultrapassou os 40 dias. Uma quarta greve interprofissional dia 9 de janeiro e seguidos protestos no fim da semana trouxeram centenas de milhares de pessoas às ruas mais uma vez, e mais dias de ação ocorreram em seguida.

A chegada do novo ano foi celebrada com as habituais festas. Em Londres, os foliões saudaram o início de uma nova década com fogos de artifício, assim como muitas pessoas em Edimburgo e em outras grandes cidades. Sem dúvida, o novo Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, celebrou ainda com mais entusiasmo do que a maioria das outras pessoas. Tendo vencido a eleição geral de 2019 com uma grande maioria, ele agora está livre para levar a nação a uma bem-sucedida conclusão das negociações do Brexit. Essa, pelo menos, é a teoria.

No início da manhã de sexta-feira (3/1), em um ato de suprema arrogância, a administração Trump realizou o assassinato do General iraniano Qassem Soleimani, bem como do principal líder paramilitar iraquiano, Abu Mahdi al-Mohandes, no aeroporto de Bagdá. Mais uma vez, o imperialismo EUA está adicionando instabilidade no Oriente Médio.

O discurso do primeiro-ministro Edouard Philippe, ontem (11/12), veio dar fim a mais de 18 meses de “discussões” e “consultas” com a liderança sindical. Centenas de horas de reuniões produziram este resultado “edificante”: o governo anunciou exatamente o mesmo projeto de reforma, como se as “consultas” e as “discussões” não tivessem ocorrido.

Pela terceira semana consecutiva, trabalhadores franceses de dezenas de profissões (maquinistas de trens, professores, médicos, enfermeiros, bombeiros, operários – até cantores de ópera!) abandonaram os locais de trabalho e saíram às ruas, ao lado de centenas de milhares de apoiadores, para se opor ao reacionário regime de Macron. Enquanto o governo minimiza a participação, alegando que apenas 600 mil participaram, os protestos foram pelo menos tão grandes quanto os de 5 de dezembro. A federação sindical da Confederação Geral do Trabalho (CGT) afirma que foi ainda maior, citando um número de 1,8 milhão de manifestantes, o que seria a maior mobilização desde 1995.

A Câmara dos Deputados aprovou, em 4 de dezembro, o “Pacote Anticrime”, elaborado por Sérgio Moro. Ao todo, 408 parlamentares votaram “sim” para o projeto, incluindo quase toda a bancada do PT e três deputados do PSOL. Esse posicionamento dos ditos parlamentares de esquerda expôs até onde se pode ir com a adaptação ao sistema, a política errada, a incapacidade de perceber o movimento da luta de classes no mundo e a falta de confiança na classe trabalhadora. Ao votar a favor de um projeto que endurece a máquina repressiva do Estado, esses parlamentares traíram suas bases e os princípios mais elementares do marxismo. A aprovação desse projeto facilitará em todos os sentidos o aumento da

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A greve interprofissional de ontem (10/12) contra a Reforma da Previdência de Macron levou entre 800 mil e 1 milhão de trabalhadores e jovens às ruas da França, de acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT). Embora represente uma queda em relação à mobilização da última terça-feira (que foi possivelmente a maior desde 1995), o comparecimento ainda foi alto, com forte participação dos trabalhadores dos transportes, professores, profissionais de saúde e estudantes.

Com menos de uma semana para as eleições, o Partido Trabalhista (Labour Party) está acelerando sua campanha. Ativistas estão sendo transportados para as periferias, com o objetivo de reforçar os esforços locais de porta em porta. O dinheiro está sendo levantado através das doações da base, para alcançar jovens eleitores em locais-chave. As massas de ativistas do partido estão sendo mobilizadas para encher as ruas nos próximos dias.