EUA: Tiroteio na embaixada em Washington – os imperialistas são os verdadeiros assassinos

Elias Rodriguez foi acusado de assassinar dois funcionários de baixo escalão da embaixada israelense, em um aparente ato de protesto em solidariedade à Palestina. Os imperialistas e sua mídia já se utilizaram disso cinicamente para justificar seu apoio ao genocídio em curso em Gaza e seus ataques antidemocráticos ao movimento pró-Palestina.

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Os comunistas não apoiam esse ataque. Nos opomos ao terrorismo individual porque entendemos que tais atos não contribuirão em nada para impedir o genocídio em Gaza e apenas favorecerão Netanyahu e seus apoiadores americanos. Mas devemos deixar absolutamente claro aqui: a verdadeira violência vem dos imperialistas nos EUA e em Israel e do sistema que eles defendem.

Poucos minutos após o tiroteio, o establishment sionista e seus apoiadores no Ocidente partiram para a ofensiva contra qualquer um que se opusesse ao massacre de dezenas de milhares de palestinos, usando sua tática habitual de confundir falsamente o antissionismo com o antissemitismo.

“Estamos testemunhando o terrível preço do antissemitismo e a incitação selvagem contra o Estado de Israel. Os libelos de sangue contra Israel são pagos com sangue, e devemos combatê-los implacavelmente”, proclamou Netanyahu.

Trump rapidamente se juntou ao coro hipócrita: “Esses horríveis assassinatos em Washington, D.C., obviamente baseados no antissemitismo, devem acabar, AGORA! Ódio e radicalismo não têm lugar nos EUA.”

Enquanto isso, a grande mídia vinculou o incidente a uma aparente onda de ataques “antissemitas” contra todos os judeus desde o início da guerra, há quase dois anos.

Os nomes e as fotos dos dois funcionários da embaixada israelense, Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, inundam os principais meios de comunicação. Muitos já percebem o duplo padrão cínico por parte da grande mídia: contam-nos tudo sobre as vítimas — suas idades, gostos, desgostos, vidas vividas, histórias de amor e muito mais. Enquanto isso, quase nada se sabe sobre os 60 palestinos anônimos que foram assassinados por ataques aéreos israelenses em Gaza apenas nas últimas 24 horas.

De fato, a guerra entrou em sua fase mais catastrófica até agora. Segundo a ONU, 14 mil crianças correm risco iminente de morte por inanição, visto que todos os dois milhões de habitantes de Gaza foram privados de ajuda e alimentos devido ao bloqueio israelense nas últimas onze semanas. Enquanto isso, colonos israelenses intensificaram seus ataques na Cisjordânia, e uma nova ofensiva terrestre está em andamento em Gaza, com o objetivo declarado de despovoar e ocupar todo o território. Isso certamente elevará o número já alarmante de mortes — no mínimo 53 mil, incluindo 16 mil crianças — a níveis inimagináveis.

Após 19 meses de mobilização e massacres que provocam TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), a sociedade israelense está exausta e profundamente dividida. A maioria agora se opõe à guerra e é favorável a qualquer acordo que possa libertar os reféns. De fato, muitos israelenses agora veem a guerra como o que ela realmente é: uma manobra cínica de Netanyahu para permanecer no poder, sem qualquer consideração pelos reféns ainda mantidos pelo Hamas. A maioria dos americanos também se opõe às ações assassinas dos sionistas.

As mortes de Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim estão sendo utilizadas exatamente da mesma forma como os reféns estão sendo utilizados: como uma desculpa para a classe dominante israelense implementar sua agenda de décadas, relativa à remoção total dos palestinos da terra que ocupam há milhares de anos.

Esta é a dura realidade da situação e mostra que a classe dominante sionista é tudo, menos a “defensora dos judeus” que finge ser. O cinismo, a hipocrisia e a desonestidade dos sionistas e imperialistas não têm limites.

Nos EUA, Donald Trump está perseguindo implacavelmente manifestantes pró-Palestina desde que retomou a Casa Branca. Podemos ter certeza de que este recente tiroteio será usado para promover esses objetivos.

A breve e passada associação de Elias Rodriguez com manifestantes de esquerda acabará sendo usada para caluniar grupos socialistas, bem como todos os ativistas pró-Palestina.

Mais uma vez, isso não passa de um ataque cínico ao direito democrático de protestar, que ambos os partidos da classe dominante atacam de bom grado quando é politicamente conveniente — que se dane a Primeira Emenda!

Esta é uma das razões pelas quais os comunistas rejeitam o terrorismo individual: ele é totalmente contraproducente. Por um lado, indivíduos isolados não podem substituir a classe trabalhadora, que é a única força na sociedade capaz de derrubar o imperialismo americano. Não há substituto para a luta coletiva de massas, que abrirá os olhos da classe trabalhadora para o seu imenso poder enquanto classe. Além disso, ataques isolados oferecem ao Estado capitalista uma desculpa fácil para atacar o movimento dos trabalhadores e desviar a atenção da violência em massa que eles despejam sobre as cabeças de pessoas inocentes ao redor do mundo.

Enquanto os imperialistas continuam a apoiar a guerra e o genocídio, não deve nos surpreender que indivíduos que se sentem impotentes tentem tomar a luta em suas próprias mãos. Mas, embora como indivíduos sejamos fracos, juntos somos fortes. A melhor coisa que os trabalhadores e jovens pró-palestinos podem fazer nos EUA para combater o genocídio é se organizar para lutar pela derrubada do sistema capitalista americano que o possibilita. É por isso que precisamos de um partido revolucionário.

A todos que compartilham nossa convicção de acabar com o genocídio, a todos que desejam lutar contra o imperialismo e o sionismo e vencer, instamos veementemente: sigam o único caminho politicamente eficaz para acabar com o imperialismo americano — juntem-se aos Comunistas Revolucionários da América.

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