Marrocos: solidariedade contra a repressão à luta dos estudantes Portuguese Share TweetA quinta- feira, 7 de janeiro de 2016, será lembrada no Marrocos como a “Quinta-feira negra”.Os estudantes do magistério protestam contra dois decretos do governo marroquino. Eles têm realizado manifestações pacíficas por várias semanas. As medidas do governo acabam com o reconhecimento automático pelo ministério da educação, como aptos a exercer a profissão, os estudantes que terminam o curso com sucesso e acaba também com a garantia de um ano de estágio. Agora os estudantes têm que competir no mercado privado para conseguir um emprego. Vinte mil estudantes marcharam em todo país na quinta feira (7/1), nas cidades de Casablanca, Tangier, Marrakech, Fès, Oujda e Inezgane. Eles foram recebidos pela polícia com golpes de cassetetes. Em uma só cidade, Inezgane, 100 estudantes foram feridos (37 deles em estado crítico). O balanço em todo o país é idêntico.O ministério do interior tem, naturalmente, a sua própria versão da realidade. Os representantes do braço de repressão do estado afirmam que foram atacados pelos manifestantes no “confronto”. Eles dizem que o resultado da ação da polícia foi apenas “alguns ferimentos leves e desmaios fingidos” (!) de manifestantes. Para completar esse discurso de mentiras, a polícia afirma que a maioria dos ferimentos foram causados por pedras atiradas pelos próprios estudantes e não pela polícia.Essa repressão tem causado grande comoção no país, que é erroneamente aclamado no âmbito internacional como uma exceção aos regimes do turbulento Oriente Médio, graças à liderança esclarecida do Rei Mohammed VI. Esta é naturalmente uma mentira descarada, como a “Quinta feira Negra” já mostrou.Os camaradas da Corrente Marxista Internacional no Marrocos estão participando deste movimento. Nós pedimos a todos nossos leitores e apoiadores para expressar sua solidariedade contra a repressão aos aspirantes a professores. Isso pode ser feito através de fotos com cartazes de estudantes, professores e sindicalistas, mostrando sua solidariedade e publicando-as nas redes sociais.Por favor, enviar mensagens e fotos para:marxy@marxy.com, editor@marxist.com e contato@marxismo.org.brPublicar as imagens também na página do Facebook de Marxy.com: https://www.facebook.com/marxycom